sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Lisboa de Fronte Não Sabe Quem És

Já dizia o poeta: "Seixos, conchas, praias, moinhos, marés / Lisboa de fronte não sabe quem és", com toda a razão!
A terra que me adoptou como seu gentílico sempre andou esquecida no tempo e no espaço, embora com avanços significatívos nalgumas áreas, a Praia de Seixos poderia ser melhor, maior e bela.

Assim sendo, que mais posso fazer senão comentar e sugerir? Espero que alguém de direito leia o que escrevo e siga algumas ideias minhas!

A Rua Paiva Coelho tem árvores de fruta de uma ponta à outra, mas existem ameixoeiras que poderiam ser substituidas por laranjeiras ou oliveiras, pois o chão está sempre imundo debaixo destas; na mesma rua existem caldeiras sem árvores (que mais parecem wc caninos); o jardim da Praça dos Mártires da Liberdade tem um lago de cisnes, mas sem cisnes; neste jardim também faziam falta umas mesas com bancos pois não existem em nenhuma parte da freguesia; o que faz o monumento à Muleta do Seixal na rotunda da Rua da Cordoaria na Cruz de Pau? Que eu saiba, apesar de estar no brasão municipal, a muleta sempre foi do Seixal - freguesia; porque nos esquecemos daquela que tornou o Seixal independente e deu-lhe território e notoriedade - a rainha Dona Maria II? Poderia haver um monumento (mesmo que simbólico) à fundadora do concelho; também é incompriensível que o jardim da Quinta dos Franceses não tenha iluminação, assim como todos os cais e pontões que são escuríssimos à noite; continuando junto ao rio, também é de reparar que este tem vindo a ganhar terreno no Largo dos Restauradores e que os postes de electricidade estão quase de molho quando a maré está em preia-mar.

Também posso perguntar uma pequena curiosidade: porque é que o Beco da Sociedade Timbre Seixalense continua a chamar-se Rua da Sociedade Timbre Seixalense? Que eu saiba, uma rua é uma elo de ligação por onde se pode circular, e esta rua deixou de o ser quando construiram a sede da colectividade com o mesmo nome em cima da rua!

A ver se o Seixal melhora, para que um dia gritemos todos juntos com o tal poeta: "A água é tão boa e o ar tão perfumado / Não gosto de Lisboa, perfiro este lado".

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