sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Morro, Mas Morro de Pé

Navego,
Navego pelos meus sonhos
Como se fossem sempre os últimos,
Como se acabasse naquele momento
A minha vontade de viver.

Mesmo naqueles dias em que não estou bem comigo mesmo
Penso naqueles de quem mais gosto.
A família e os meus três grandes amigos
Que sei que um dia me hão-de ver partir
Para melhor? Para pior?
Não sei. Não imagino. Não perguntarei.

Quero que a minha vida seja
Uma luta contra aquilo que está errado,
Uma cantiga de amor para os meus amigos,
Uma cantiga de amigo para os meus amores.
Se viver mais do que aquilo que devo,
Então morro.
Morro, mas morro de pé.

Mário Barradas

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