sexta-feira, 1 de julho de 2011

Ó Seixal à Beira-Tejo

Pelo cais da alvorada
Nasceu o sol da vida
Que em cada despedida
Viu fragatas a partir.

Para além de alegre encanto
Tem na pesca o sustento,
No barrete o sentimento:
O seixaleiro faz sorrir.

Nos estaleiros navais,
Carpinteiros de machado
Trabalhavam lado a lado
Calafates tradicionais.

Outrora daqui saíram
Os maiores navegadores,
Construíram as caravelas
Foram os descobridores.

REFRÃO
Ó Seixal à beira-Tejo
Das muletas do brasão
A enxó e o macete
Cruzam o teu coração

E da ostra portuguesa
Dos moinhos de maré
Foram a nossa riqueza
O Seixal foi como é!

Nas tuas redes douradas
Trazes seixos de saudade,
Tens conchas ancoradas
Às garças da liberdade.

As faluas e os varinos
Na baía dão um beijo
Da muralha vês Lisboa
Ó Seixal à beira-Tejo.


Poema de Mário Barradas
Marcha Popular de São Pedro das Associações de Reformados do Concelho do Seixal 2011Imagem: Curva da Igreja do Seixal nos anos 60 do século XX.