sábado, 25 de setembro de 2010

Os Marretas lembram os Queen

Porque há vídeos que valem mais que muitas palavras...

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Villa Nova

Villa Nova de saudade
Uma madrugada de simpatia
Que pela sua amizade
Enche o coração de alegria

Um caroço de tristeza
Numa coifa fechada ao vento
Empurra um olhar profundo
Ao mundo do teu lamento

Por onde tu passaste?
Por quem quiseste falar?
Foi pela porta do tempo
Que está virada para o mar
E quantas vezes pensaste
Olhando o horizonte baixinho
Os amigos que encontraste
São como uma flor de verde pinho

Villa Nova de saudade
A olhar a foz do Tejo
E traz mais voz à cidade
Desenhada num azulejo

Poema dedicado a Olga Villa Nova, fadista do Seixal

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

A Asfixia

O Seixal morre lentamente, como se fosse um ser vivo ao qual lhe tiramos o oxigénio, vendo-o apagar-se, sem dizer sequer uma palavra.
Hoje passeei pelo centro histórico e envolvia-me um silêncio interrompido pelo som das gaivotas e do vento. A meio da Rua Paiva Coelho olhei para trás e vi uma rua vazia, despida de gente, de carros e de cor.
Os comerciantes estavam à porta:
- "Olá Mário, como estás?" dizia-me uma comerciante,
- "Estou melhor "- respondia - "mas vocês não têm ninguém!" - disse. Ela encolheu os ombros com uma cara triste, como se o Seixal fosse o fim do mundo, que o é!
A asfixia que no dia 13 de Setembro envolveu o Seixal, trouxe também desertificação e angústia àqueles que sobrevivem do comércio e daqueles que, como eu, gostam do Seixal.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Verão com Animação!

As festas populares da península de Setúbal deste ano mereceram da minha parte uma atenção especial, pois quem tem boca vai a Roma e, no meu caso, quem tem carro vai à feira!
Resolvi visitar algumas das muitas feiras cuja época começa com o Santo António (12 de Junho) e termina com as Festas da Moita (12 de Setembro) inclusivé.
Comecei pelas Festas Populares de São Pedro do Seixal e do Montijo que acontecem em torno no 29 de Junho. Foram interessantes por razões distíntas: o programa de espectáculos no Seixal e o arraial e largadas no Montijo que encheram o olho e animaram gregos e troianos.
Apenas um apontamento negativo ao arraial do Seixal que, para além de lembrar o Natal, estava demasiadamente pobre e triste em oposição ao do Montijo, que era uma arraial à moda antiga.
Seguiu-se a Barreiro, Aldeia de Paio Pires, Amora e Corroios das que visitei. Nunca vi tanta gente em Corroios como no dia de fecho da festa que tinha como cabeça de cartaz Quim Barreiros.
Com muita pena minha, este ano não visitei as Festas do Barrete Verde e das Salinas em Alcochete, Feira de Santiago em Setúbal, nem as festas da Moita do Ribatejo.
No início do mês de Setembro, mesmo antes da Festa do Avante! visitei as Festas das Vindimas em Palmela, uma das mais bonitas de todas, não só pelo acolhimento que os palmelões nos dão, mas também pela beleza da festa, que ocupava todas as ruas da vila, continha um arraial exemplar e, acima de tudo, tinha gente: os que são da terra e os que visitam.
Terminei na Festa do Avante! que trouxe milhares ao Seixal e que, como sempre, tem um programa cultural exemplar sendo o maior e melhor festival da música portuguesa de todos os géneros.
Visite a península de Setúbal e verá que não se arrepende e ainda se diverte!




quarta-feira, 1 de setembro de 2010

E Depois do Adeus

Eis uma canção, das mais belas que a Eurovisão viu concorrer, cheia de amor nas palavras e de formosura na música que acompanha o poema.
Acima de tudo, Paulo de Carvalho cantou uma canção de amor, que brilhou e que lhe deu notoriedade no último Festival da Canção da época do Estado Novo.
Um mês depois rebenta uma revolução em Lisboa que viria trazer a democracia ao cinzento país: o 25 de Abril de 1974, cuja canção serviu de senha para que as tropas iniciassem o caminho para a liberdade.
A música é do saudoso maestro José Calvário e a letra de José Niza.