Hoje passeei pelo centro histórico e envolvia-me um silêncio interrompido pelo som das gaivotas e do vento. A meio da Rua Paiva Coelho olhei para trás e vi uma rua vazia, despida de gente, de carros e de cor.
Os comerciantes estavam à porta:
- "Olá Mário, como estás?" dizia-me uma comerciante,
- "Estou melhor "- respondia - "mas vocês não têm ninguém!" - disse. Ela encolheu os ombros com uma cara triste, como se o Seixal fosse o fim do mundo, que o é!
A asfixia que no dia 13 de Setembro envolveu o Seixal, trouxe também desertificação e angústia àqueles que sobrevivem do comércio e daqueles que, como eu, gostam do Seixal.
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