segunda-feira, 26 de abril de 2010

O Povo Unido Jamais Será Vencido























O Dia do Trabalhador festejou o centésimo aniversário no ano em que nasci, sendo, nesse mesmo ano inaugurado no Seixal, o monumento ao 1º de Maio, na praça com a mesma denominação.
Este ano comemoramos o seu 124º aniversário, mas a sua livre celebração só nos chegou com o 25 de Abril de 1974, sendo um dia inesquecível para aqueles que o viveram, logo após a Revolução dos Cravos.
Actualmente, parece que os ideais dos trabalhadores estão um pouco adormecidos, pois os tempos de crise e desemprego não aquecem aqueles que se escondem na sombra dum Portugal entristecido.

O Dia do Trabalhador tem um hino próprio conhecido por quase todos, cuja letra e música é global: a "Internacional Socialista".
No mês do trabalhador, cujo dia mais importante é justamente o primeiro, recordo a ceifeira Catarina Eufémia, morta por um estúpido GNR por pedir um aumento de dois escudos para alimentar o filho.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Abril: Viva a Liberdade!

Desde 1974 que Portugal vive em democracia e liberdade, que são postas em causa quase diariamente.

Os de ontem parece que se esqueceram dos ideais de Abril, os de hoje não estão muito interessados e os de amanhã? Que futuro teremos enquanto os nossos governantes se esquecerem de que há necessidades no povo e que o país não pode continuar a viver na farsa em que vive que unicamente serve para inglês ver!

Vamos lá respeitar e divulgar Abril, pois as portas que Abril abriu não se podem mais cerrar.

No concelho do Seixal destaco, nas comemorações da Revolução dos Cravos, um espectáculo onde se vão lembrar os poetas e os cantores de Abril, onde cantarei uma vez mais José Carlos Ary dos Santos.
Dia 23 - 21h30 - Salão da Sociedade Filarmónica Operária Amorense

Viva o 25 de Abril!

sexta-feira, 2 de abril de 2010

A Desfolhada da Hermínia Silva



Hermínia Silva nasceu em 1907, cinco anos depois de Ercília Costa, a primeira fadista que saiu das fronteiras de Portugal. Cedo se tornou presença notada nos retiros de Lisboa, que não hesitaram em contratá-la, pela originalidade com que cantava o Fado. A Canção dos Bairros de Lisboa estava-lhe nas veias, não fôra ela nascida, ali mesmo junto ao Castelo de São Jorge. As "histórias" dos amores da Severa com o Conde de Vimioso estavam ainda frescas na memória do povo.
Para além de fadista foi também actriz e teve uma casa de fados no Bairro Alto denominada "O Solar da Hermínia".

Nesta versão da "Desfolhada Portuguesa" popularizada pela Simone de Oliveira, apenas a música de Nuno Nazareth Fernandes permaneceu, dando os versos de Ary dos Santos lugar aos de Eduardo Damas.
Esta "Desfolhada da Hermínia" critica o facto da canção interpretada pela Simone ter sido uma das mais belas de sempre e ser tão mal classificada na Eurovisão de 1969, no Teatro Real de Madrid.
Hermínia critica o fraco gosto das canções vencedoras e as "politiquíces" que ainda hoje envolvem o Festival assim como os portugueses.
Hermínia Silva alcançou um estatuto perante a ditadura que a permitia dizer quase tudo, pois a ignorância no Estado Novo era uma das virtudes.