Explicar isto é relativamente básico. Imagine-se que o grupo de indivíduos A constrói algo bom para o património e desenvolvimento público e que, depois de reparar que a construção é util e interessante, o grupo de indivíduos B apodera-se dos bens e, aqueles que não conhecem a situação, ainda pensam que foi o grupo B que a proporcionou.
Foi isto mesmo que aconteceu. A antiga Comissão de Moradores do Bairro das Cavaquinhas construíu, com o esforço de todos, o actual parque infantil (embora com brinquedos melhores dos que hoje por lá estão), construíu o jardim e fez duas placas para que ficássem para a posteridade no jardim. Uma diz "Parque infantil. O futuro é nosso.", uma frase que ficou célebre porque saíu da boca de uma menina chamada Rosarinho (que hoje tem a idade da minha mãe) e uma segunda placa memorial com um poema lindíssimo à Revolução dos Cravos.
A minha indignação surje com a seguinte questão: onde está a placa memorial com um poema alusivo ao 25 de Abril de 1974 que dois indivíduos, funcionários da CMS ou Junta da Arrentela retiraram no início deste ano do jardim das Cavaquinhas?
Acho engraçado certas coisas que acontecem neste Seixal, continuo a achar mais graça ainda que o Município de Abril despreze o seu património. A dita placa, da qual tenho fotografias desde miúdo, foi colocada pelos moradores, assim como um lago de peixes outrora existente nesse mesmo jardim (também retirado pela autarquia), tal como ao belíssimo jardim que deixou de ter flores para ser um relvado sem pompa nem circunstância ou também, como os brinquedos do parque infantil que foram oferecidos pela fábrica A. Silva & Silva, onde foram contruidos com o suor de moradores deste bairro, assim como a construção do próprio parque.
Acho engraçado certas coisas que acontecem neste Seixal, continuo a achar mais graça ainda que o Município de Abril despreze o seu património. A dita placa, da qual tenho fotografias desde miúdo, foi colocada pelos moradores, assim como um lago de peixes outrora existente nesse mesmo jardim (também retirado pela autarquia), tal como ao belíssimo jardim que deixou de ter flores para ser um relvado sem pompa nem circunstância ou também, como os brinquedos do parque infantil que foram oferecidos pela fábrica A. Silva & Silva, onde foram contruidos com o suor de moradores deste bairro, assim como a construção do próprio parque.
No pós 25 de Abril, também existiu um eléctrico que servia de biblioteca popular das Cavaquinhas.
Incrível! Tudo isto desapareceu: hoje não há lago de peixes, não há eléctrico, não há brinquedos decentes no parque (e os que lá estão até precisam de ser reparados) e, a cereja no topo do bolo foi a da retirada da placa memorial do 25 de Abril.
Vergonhoso! Não há respeito por ninguém. Modernidade não é sinónimo de ignorância nem do desprezo que o peixe-espada preto nos aufere!
Vergonhoso! Não há respeito por ninguém. Modernidade não é sinónimo de ignorância nem do desprezo que o peixe-espada preto nos aufere!
Espero que a autarquia se lembre de olhar para este jardim e parque infantil cuja localização é mesmo de fronte da escola secundária onde existe mesas de voto aquando das eleições.
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