eras um barco de mágoa
ancorado na saudade
dos meus olhos rasos d'água.
Meu amor se fosses rio
corrias pelo meu corpo
até acender o frio
no meu olhar fogo morto.
no meu olhar fogo morto.
Meu amor se fosses vaga
rebentarias em mim
com esta maré de raiva
que me vai levando ao fim.
Meu amor se fosses vento
rugias neste deserto
aonde soa um lamento
dos meus dois pulsos abertos.
Meu amor se fosses pedra
caías na solidão
deste lago de ternura
a que chamo coração.
Letra: José Carlos Ary dos Santo
Música: Nuno Nazareth Fernandes
Intérprete: Simone de Oliveira
(Na imagem está José Carlos Ary dos Santos, Simone de Oliveira e Nuno Nazareth Fernandes na entrega do 1º Prémio a "Desfolhada Portuguesa", no Teatro São Luiz em 1969)
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