terça-feira, 1 de novembro de 2011

Lisboa, 1 de Novembro de 1755

O Terramoto de 1755 ou Terramoto de Lisboa, ocorreu no dia 1 de Novembro de 1755, resultando na destruição quase completa da cidade de Lisboa e atingindo ainda grande parte do litoral do Algarve. O sismo foi seguido de um tsunami - que se crê tenha atingido a altura de 20 metros - e de múltiplos incêndios, tendo feito certamente mais de 10 mil mortos.

Atingiu várias localidades, sendo Lisboa, Almada, Seixal e Vila Real de Santo António as mais atingidas. Hoje, ainda se festejam milagres acontecidos nesse dia, realizando-se procissões em Arrentela (Seixal) e em Cacilhas (Almada).

Imagem: Lisboa após o terramoto de 1755.

Foi um dos sismos mais mortíferos da história mundial, marcando o que alguns historiadores chamam a pré-história da Europa Moderna. Os geólogos modernos estimam que o sismo de 1755 atingiu a magnitude 9 na Escala de Richter.

O terramoto de Lisboa teve um enorme impacto político e sócio-económico na sociedade portuguesa do século XVIII, dando origem aos primeiros estudos científicos do efeito de um sismo numa área alargada, marcando assim o nascimento da moderna sismologia.

Imagem: Propagação das ondas do maremoto/tsunami com escala horária.

Lisboa foi, a par de Vila Real de Santo António, reconstruida sob alçada de Sebastião José de Carvalho e Melo - Marquês de Pombal, com uma inovadora gaiola pombalina a suster os edifícios e com o lema "enterrar os mortos e cuidar dos vivos".

No ano seguinte, no dia do primeiro aniversário do terramoto e devido à fome e pobreza, iniciou-se uma tradição hoje esquecida: o pão por Deus, onde as crianças pediam comida às portas em troca de uns versos ou duma cantiga.

Imagem: Gaiola Pombalina idealizada pelo Marquês de Pombal e que se encontra no interior das paredes dos edifícios da baixa da capital.

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