Voltei a ser eu: o rapaz bem-disposto que conhece inúmeras pessoas e que tem alguns amigos. Sim, alguns. Como perguntou uma vez a Catarina, "quantas pessoas te ajudavam se precisasses? Os teus amigos, apenas eles!", tudo o resto são conhecidos.
Mas não escrevo isto porque estou chateado com alguém... Alguém ja não me chateia. Escrevo isto porque ando cansado: cansado de andar de um lado para o outro, cansado d'algumas pessoas, cansado de estar cansado.
Mas não escrevo isto porque estou chateado com alguém... Alguém ja não me chateia. Escrevo isto porque ando cansado: cansado de andar de um lado para o outro, cansado d'algumas pessoas, cansado de estar cansado.
Não tenho tempo nem pra pentear os cabelos de paciência que tenho! Nem tão pouco alguns brancos que já me aparecem com apenas duas décadas de vida...
Há pessoas que me dão paz de alma por serem tão pacíficas... "Gostava de ter um feitio daqueles!", disse uma vez quando vi o presidente da junta da minha cidade no meio de contratempos comuns a quem é autarca. Mas eu sou muito directo, sempre fui, pois nas minhas veias corre sangue quente (e jovem), e quando não gosto dalguma coisa digo logo, assim como sempre que tenho uma ideia sobre algo ou alguém, salta-me boca fora, como uma tainha na baía...
Vivi pouco, pois tenho ainda muito que viver e aprender. Aprendo como são as pessoas. De dia para dia vou aprendendo e apreendendo conhecidos que outrora nem dava atenção e hoje são importantes, assim como vou pondo para trás das costas pessoas que já me foram importantes e que agora só fazem erros e criam desunião entre amigos.
Não gosto de escrever, como também não gosto de marisco, mas aprendi a gostar e, hoje só consigo desabafar assim.
Aprendi com os meus amigos, pois esses nunca hei-de pôr para trás das costas. Eles sabem-no.
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