Poema de José Carlos Ary dos Santos com música de Tozé Brito, foi tema de uma série televisiva com o mesmo nome no início da década de 80, sendo cantado pelo Carlos do Carmo.
Serras, veredas, atalhos,
Estradas e fragas de vento,
Estradas e fragas de vento,
Onde se encontram retalhos
De vidas em sofrimento
Retalhos fundos nos rostos,
Mãos duras e retalhadas
Pelo suor do desgosto,
Retalha as caras fechadas
O caminho que seguiste,
Entre gente pobre e rude,
Muitas vezes tu abriste
Uma rosa de saúde
Cada história é um retalho
Cortado no coração
De um homem que no trabalho
Reparte a vida e o pão
De vidas em sofrimento
Retalhos fundos nos rostos,
Mãos duras e retalhadas
Pelo suor do desgosto,
Retalha as caras fechadas
O caminho que seguiste,
Entre gente pobre e rude,
Muitas vezes tu abriste
Uma rosa de saúde
Cada história é um retalho
Cortado no coração
De um homem que no trabalho
Reparte a vida e o pão
As vidas que defendeste,
E o pão que repartiste,
São lágrimas que tu bebeste
Dos olhos de um povo triste
E depois de tanto mundo,
Retalhado de verdade,
Também tu chegaste ao fundo
Da doença da cidade
Da que não vem na sebenta,
Daquela que não se ensina,
Da pobreza que afugenta
Os barões da medicina
Tu sabes quanto fizeste,
A miséria não segura,
Nem mesmo quando lhe deste
A receita da ternura
3 comentários:
Meu querido, não estás bom agora mas vais estar! ;) Mas sobre isso não falaremos agora!
Acho bonito este poema dedicado aos médicos... são sem dúvida alguma pessoas especiais, pois dedicam a sua vida para salvar a dos outros. São pessoas a admirar e a valorizar!
Beijinhos grandes da Poupixa, que não é médica... mas é amiga! :)
até sempre Mario!
o espectáculo continua...graças ao teu grande trabalho.
abraço do vale
Lembras-te de me teres dito que gostava de um dia ler um poema meu? Pois bem, já está lá um feito por mim no meu blog...
Beijinhos*
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